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ÁCIDA: O começo de uma batalha silenciosa



Nesse domingo (28) todos estavam a frente de suas televisões para ver a 88ª edição do Oscar. Mais precisamente e sem delongas, todos queriam ver Lady Gaga arrasando na performance. Ela segurou a audiência até o momento de sua apresentação.

Sabemos que Gaga estava concorrendo a categoria de “Melhor Canção Original” com Till Its Happens To You, co escrita por ela e Diane Waren. Porém ela perdeu.

Ou perdeu?

O Oscar tem uma bancada machista e reduzida ainda, e ironicamente ninguém mudou isso. Porém era óbvio a derrota de Gaga, eles não costumam premiar musica de documentário. Sem falar que era um documentário sobre abuso sexual no qual Gaga ajudou a fazer a musica para trilha sonora.

Atrelada a o caso Kesha, possivelmente eles temeram que se Gaga ganhasse, ela poderia fazer um dos discursos mais importantes para as pessoas. Emponderar mulheres ainda não está no calendário deles, e o que eles fizeram? Premiaram Sam Smith. Ótimo cantor, mas com musica mediana para o filme Spectre: 007. Sabemos também que a sequencia de 007 é poderosa, Adele havia ganhado o mesmo oscar e na mesma categoria com uma musica para o filme anterior.

Ah, mas Sam é Gay, ele foi premiado. Sim, mas Sam é branquinho, olho claro e barba macia. Ele ainda representa um modelo ideal de gay e homem, e assim não sujaria o palco do oscar com um discurso poderoso para quebrar um tabu. A mídia trabalha junto com planos peversos do sistema governamental. Paranoia? Não. 

Digamos que se Lady Gaga subisse ao palco como venceroda e falasse sobre abuso, isso iria começar a formar uma revolução em jovens universitárias dos Estados Unidos. Seria uma perda para o comércio, ver suas meninas não consumindo algumas coisas, não morando em campus, e se privando cada vez mais. Quando um grupo começa a ascender, o outro tem que ceder e perde algo. Esse "algo" é o que os EUA teme, e está em todos os lados e com todos os grupos sociais. gays, negros, mulheres e crianças. 

Era de se esperar, menos para os fãs, que Gaga perdesse. Mas ela não perdeu. Ela começou uma batalha silenciosa. 


Começamos devagar a mudança. Aos poucos vamos comendo o mingau quente até chegar no meio. Vai demorar para que mais negros, transexuais e mulheres subam ao palco do oscar. Mas vamos lembrar de Lady Gaga daqui a alguns anos levando os sobreviventes do abuso sexual no palco. Ela foi a primeira, ela ganhou um premio que ninguém ganha facilmente: dignidade

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