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Pau, precisamos conversar!



Já imaginou se o ânus e o pênis fossem um casal e a dona Bunda resolve desabafar tudo que estava engasgado para o senhor Pau? Pois bem, pensando nisso, eu decidí adaptar um texto pra ilustrar como nós passivos/versáteis nos sentimos quando nossos ativos/machos alfa acham que podem chegar como bem querem. Com vocês, a Bunda:

Tô cansada dessa porra toda. Da porra em si, não. Já levei muita cabeçada de pau nessa vida. Às vezes parece que isso é tudo o que vocês sabem fazer. Ficam nessas de entra-e-sai, entra-e-sai, entra-e-sai. Tá indeciso ou o quê, caralho? Preciso de abrir mais, pois a gente deve conversar de uma vez por todas. Como dois adultos. Eu com essa minha visão profunda das coisas. Você, com esse olho que tudo vê. Isso não é uma briga, querido. Não precisa ficar caidinho assim. Eu te quero, você me quer. O problema é que falamos línguas diferentes. Não gosto quando você chega entrando como se eu fosse a casa da mãe Joana. Na verdade, eu ODEIO quando você me pega desprevenido. Custa tocar a campainha antes? Bota o dedinho lá que dá tempo de eu me preparar pra te receber de portas abertas, todo doce, babando de amores. Não me sinto confortável quando a sua ansiedade fala mais alto. Acho de uma grosseria… Fico meio travado, com medo, com dor, meio incomodado mesmo. Essa inconveniência até me dói por dentro – soa como falta de consideração
Vem cá que eu vou te mostrar outra coisinha. Tá vendo aquela rola? Então, eu sei que você finge ignorar ele, porque sou homem também, também sinto prazer por ele, esse vulcão adormecido. Mas preciso que você o explore, seja homem pra isso. Você é macho o suficiênte pra fazer ele tremer? Portanto você pode pegar, provar com a sua boca, sentir com sua lingua úmida e quente. Você não precisa sentar nele quando estiver enrrijecido, não é disso que estou falando. Mas quero que saiba que ele também faz parte do meu prazer. E se faz parte do meu, técnicamente faz parte do seu também.

Ah, e voltando ao meu ponto de vista, não me venha com essa vocação para britadeira. Me sinto na obrigação de te contar que onze em cada dez amigos meus não gostam desse tipo de sexo estúpido e prematuro. Nós piscamos de felicidade quando tocam nossas campainhas das mais diversas maneiras. Muitas vezes, antes da visita alcançar o hall. Gosto quando você me preenche, todo imponente. Quando te abraço com cada canto de mim. Isso é lindo, só não é o bastante. Desculpe, não consigo me enxergar num relacionamento fechado e emocionalmente dependente. Pau-cu, cu-pau. Prefiro um amor plural e livre. Quero também seus dedos, sua língua, sua criatividade e uma noção enorme de higiêne. Você não sabe o trabalho que dá limpar essa casa, deixar esse lugar limpinho pra te receber. Fico puto da vida (e não putinho, como você me chama as vezes) quando você chega fedendo, sem banho, sem proteção, com cara de que já pegou a rua toda. Não sou desses. E estou te dando a oportunidade de explorar, sem amarras, o resto de meu corpo, porque também sou gente e sinto prazer em outras áreas, como o pescoço, a orelha, os mamilos, os pés... Não sou ciumento, juro! Confesso que tenho até um fetiche de ter ver dando prazer a eles. Pensa com carinho em tudo o que eu te disse hoje. Porque, aí sim, vamos vibrar muito juntos.
Eu te amo. Não falaria isso tudo, se eu não amasse você.

Texto adaptado por Leandro Casimiro de uma colaboração de Nathalia Ziemkiewicz, jornalista autora do blog de sexualidade Pimentaria 

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