Por culpa da mídia, acreditei que a minha
vida seria trezentas vezes melhor se encontrasse um namorado que se se enquadra
no meu padrão, que "estar
namorando" me oferecia à força necessária para lutar contra
meus medos. Por causa disso, esperei um tempão até encontrar essa pessoa feita
na minha mente no mundo real.
Dizer sim ao pedido de namoro como aceitam
político aceitando votos é errado, nunca foi sobre isso pra mim. Acredito que
pra aceitar esse compromisso é necessário ter muita confiança a ponto de
emprestar seu box de Harry Potter, e mais do que isso, gostar de alguém com
pura integridade. O problema maior é o Wesley Safadão, que já está namorando
todo mundo.
Por causa desses pré-requisitos que
criei nunca namorei, pois a pessoa que eu estava esperando parecia não existir.
Falavam que eu apostava alto demais, que se ficasse esperando essa perfeição
toda, nunca sairia do lugar. Só que preferiria morrer sozinho a estar com
alguém por carência, só pra aceitar e
seguir com uma vida medíocre — claro que tive pequenos casos. Acredito que amor
possa nascer com o tempo, mas não estou disposto a brincar com os sentimentos
dos outros.
Até que anos depois do meu primeiro
beijo, encontrei o príncipe da Disney que estava procurando, sim eu achei meu DVD
de A Pequena Sereia, o que não só comprovou o quanto eu estava sendo babaca
por criar padrões, que muitas vezes a sociedade impõe como o bonito e certo, mas também me fez perceber que se
amar é saber exatamente o quanto você merece ser feliz sendo sincero com suas
vontades — desde que não prejudique ninguém, que mal tem?
Mas o que realmente aprendi sendo esse perfeito idiota foi que eu deveria me permitir, permitir sair mais, conhecer novas pessoas, sair da minha zona de conforto, estar aberto a possibilidades. Não estou dizendo que não ira encontrar o ser magnífico que você idealizou, desde que não esteja esperando um
vampiro (coisas impossíveis), é válido e saudável querer quem te aceite, que te
ame de olhos aberto e fechados, que cultive respeito e faça sentir vontade de
dar esse monte de amor que tá nascendo de você para você mesmo. Porém as pessoas deveriam se arriscar mais e aventurar-se mais, te garanto que vai ser muito mais divertido.
Por: Nivaldo Mendes, colunista da Love & Pop e iniciante na vida gay.
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