Não sei por que diabos a mulher é vista como o sexo frágil. Isso é tão anos 50 que nem vou me dar ao trabalho de debater. Sempre que se fala de mulher o blá, blá, blá é garantido. Penso eu que nem mesmo elas aguentam esse melodrama, já se foi o tempo em que as senhoras e senhoritas eram coitadinhas. Hoje são empresárias, idealizadoras de projetos, presidentes, independentes e tão ferozes quantos os machos de sua espécie. São iguais, como merecem.
Os homens não mudaram muito, porém a pouca mudança reflete consideravelmente suas relações sociais. Tornaram-se mais abertos a si mesmos no sentido de explorar suas emoções, no trato com os filhos e convivem melhor com as diferenças – há exceções. Durante essa evolução, os meninos revelaram-se um tanto frágeis, sem aquela frescura de “homem não chora”.
Não chora mesmo? Quer dizer que as fatalidades da vida não o abalam? Um término de relacionamento não o desequilibra só pelo fato de ele ter aquele algo pendurado entre as pernas? A barba o torna imune ao sofrimento? Ou seria a voz grossa, que intimida o medo? Sim, meninos e meninas, o seu príncipe encantado sente as mesmas emoções que vocês, a única diferença está em como ele responde a elas.
Eu saliento aqui estou falando de homens de verdade – não de ogros e Neandertais. A notícia é boa, inclusive. A fragilidade masculina sendo aceita torna a vida de todos mais simples. Homem chora sim senhora. Sente medo também, tem mil e uma dúvidas, se vê em situações limites e perde as estribeiras. Sofre de saudade, de ansiedade, de solidão, de coração partido e não me venham com essa história de que o homem é sexualmente manipulado porque é uma fraqueza intrínseca, diante do desejo somos todos manipulados – homens ou mulheres. Repetindo: a diferença está na resposta ás emoções.
Um dos maiores inimigos da sociedade é a maldita ideia de seguir modismos e chama-las de cultura. Apesar de ter um pensamento unissex, eu acredito que deve sim, existir uma diferença entre macho e fêmea. Mas são diferenças comportamentais que servem como atrativos, que aproximam e, não essa discordância de poder e machismo absurdo que até hoje dificulta a vida de um bocado de gente. Aliás, tenho pavor desses “ismos” porque eles trazem para a nossa geração um falso senso de direitos, e nos separam de uma vida social mais digna. É cada um querendo vender seu peixe apelando para aberrações na tentativa de provar que sua ideia é melhor que a outra.
No fim do dia, quando a vida se revela pesada e as dificuldades diárias nos assolam, somos todos frágeis e isso nada tem a ver com nossos cromossomos. Homem, mulher, menino ou menina… O dia de chorar chega pra todo mundo.
Por: Paulo R. Cane, colunista da Love & Pop, cronista e instrutor de Inglês.
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