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O principal problema que o movimento LGBT deve enfrentar (e resolver!)





Saudações aos meus amigos leitores!

Entre os devaneios de uma sexta-feira à noite (“Friday Night”, como prefiro chamar... Hehehehehe!), navegando na internet, observo algumas coisas no movimento LGBT que acho digno de compartilhar com os leitores. Enquanto escrevo esse texto, estou ouvindo “Firework”, da Katy Perry, um hino de superação pra todos nós.

Embora seja um recém saído do armário, desde muito tempo venho observando o movimento e procurando emitir um parecer acerca do motivo de o mesmo não alcançar os resultados alcançados no que diz respeito à conquista de direitos que em outras nações já são realidade consolidada. Certamente o maior ocupado é o fanatismo e fundamentalismo religioso, que vem tentando nos levar de volta à Idade Média, com a velha mistura Estado/Igreja/Religião (mesmo que a Constituição Federal continue gritando que o Estado é Laico...), que a História vem demonstrando nunca ter dado certo. Há também o preconceito de maneira geral, que de uma maneira ou de outra, prejudica o movimento. Mas o que quero comentar hoje é um problema que a comunidade enfrenta e que as vezes pode ser até pior que os inimigos externos.

Tenho observado que falta UNIÃO ao movimento. Mas quando falo de união, não me refiro à aglomerações em locais públicos em sinal de protestos ou coisas assim. É evidente que tudo isso é muito válido, e tem grande relevância na visibilidade da comunidade. Ademais, o direito de reunir-se pacificamente por quaisquer que sejam os motivos é uma garantia que a própria Constituição Federal nos garante, no inciso XVI do art. 5.º (E como bom estudante de Direito que sou, tenho obrigação de saber disso). Mas quando falo de união, observo que os próprios LGBT’s trazem alguns preconceitos, falando de uma maneira interna. Fazer marchas e manifestações são fundamentais, desde que sejam eventos sérios e não “Oba Oba”, que não leva a lugar algum. União é bem mais do que isso.
Por exemplo, a desinformação e a desunião do movimento começa nas pequenas coisas. Tomemos como exemplo a Pansexualidade. Quando ouvimos falar sobre os “pansexuais”, apenas pelo fato de que a palavra “pan” tenha o significado de “todos”, já é o suficiente para que  pessoas do próprio movimento pensem que os pansexuais tenham relações sexuais com árvores, com animais, entre outras coisas bizarras. Oportunamente, quero fazer uma postagem exclusivamente sobre a Pansexualidade para esclarecer dúvidas sobre o assunto, mas posso adiantar que a pansexualidade é a atração por todos os sexos e gêneros também, mas o sexo se baseia em uma relação consensual entre ADULTOS capazes e somente entre seres humanos, nada de plantas ou animais (não acredito que estou tendo mesmo que dizer isso aqui... rsrsrsrs).

Outro exemplo comum no nosso meio, é o preconceito dos próprios homossexuais e lésbicas com os bissexuais. Os bissexuais merecem certa atenção, uma vez que sofrem preconceito duplo: de um lado, alguns dos heterossexuais, que os consideram “contaminados”, não sendo “puramente” heterossexuais como eles. De outro, alguns gays e lésbicas que dizem “não existir bissexualidade. O que existem são pessoas indecisas e mal resolvidas...” Nada pode soar mais preconceituoso do que isso. Temos que entender de uma vez por todas que a sexualidade humana não tem limites. São muitas variações e a diversidade é linda e importante. Agora, se nós, que somos alvo de preconceitos todos os dias, também proferirmos discursos separatistas e preconceituosos contra outras classes, as coisas nunca ficarão fáceis pra nós. O exemplo de superação, AMOR e tolerância tem que, antes de tudo, partir de nós mesmos.

Como não falar de preconceito interno sem mencionar o velho bordão: “Não sou/não curto afeminados...”, e “Os afeminados são a vergonha do movimento”, ou ainda, “lésbica é a mulher bonita. A mulher feia é sapatão/caminhoneira...” e por aí vai. Quero me deter aqui sobre a questão dos afeminados. Se tem uma coisa que aprendi depois que me assumi homossexual e o fardo da pressão da sociedade caiu das minhas costas, é que AS PESSOAS TEM QUE SER FELIZES DO JEITO QUE SÃO. E ponto final. Eu, por exemplo, não sou afeminado, no sentido mais usado do termo. Mas isso não me impede de amar As Rainhas da Música Pop, por exemplo (sei quase todas as coreografias de Britney Spears... Hehehehehe!). Afinal de contas, como diz a canção de Pepeu Gomes “Ser um homem feminino, não fere o meu lado masculino...” não é mesmo? Eu sou por fora exatamente aquilo que sou por dentro. E eu não sou do jeito que sou porque sou “discreto”, porque quero “disfarçar”, entre outras coisas. Já passei da fase de me esconder. Se fosse afeminado, seria afeminado sim, ora! Eu defendo o direito das pessoas serem o que são, e serem felizes assim. E para aqueles que se dizem “gays machões” (se é que existe essa classe), um recado: Se não fossem os gays afeminados que nos anos 60, 70, 80 e 90 deram a cara pra bater e desbravaram esse matagal chamado sociedade, não teríamos o pouco de liberdade que temos (dadas as devidas proporções), de expressar publicamente nossa sexualidade como fazemos hoje. Saberá Deus se eu estaria na frente desse computador escrevendo esse texto que estão lendo nesse exato momento. Além do mais, aqueles que tem preconceito em engatar relacionamentos com afeminados, podem estar perdendo a chance de encontrar o amor de sua vida por causa de seu preconceito bobo e sem fundamento. Não ter atração sexual por qualquer pessoa, é intrínseco à natureza sexual, ao clima, à química que rola e tudo mais. Mas o preconceito de maneira nenhuma deve ser praticado.


Então, meus amigos, é isso que me inspirei pra escrever hoje pra vocês. Vamos conquistar nosso espaço com luta, união e acima de tudo, com AMOR. No meio desse mundo de sofrimento, guerras, terrorismo e violência, vamos nos dar as mãos e nos amar intensamente... Em todos os sentidos... Hehehehehe! #KaiserOgeid #LoveWins

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Fonte da Imagem: Divine Varod (divinevarod.com)







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