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#Desabafos

Meu desabafo:

Tenho meus 16 anos... de pura felicidade e também, um pouco de dor.
Sempre fui uma pessoa carismática e estudiosa, sempre em busca de ser alguém diferente, feliz e com conhecimento de sobra. Até meus 12 anos, vivi como um garoto normal, que "futuramente", na cabeça dos familiares e de pessoas próximas poderia ser um garoto que namoraria garotas, porém eu não me sentia como um heterossexual...  Eu sabia que dentro de mim, havia um verdadeiro ser, que eu estava escondendo e tentando sufocar, pois eu não queria me aceita como um homossexual, mas eu já sabia o que eu sentia, porém, não queria que fosse verdade, pois eu sabia que ia sofrer pelo autoritarismo familiar de que ser gay era uma doença, um castigo, uma aberração, algo que foi inventado e que era do Diabo... Quando eu estava na sexta série, com 12 anos, minha professora de Língua Portuguesa fez um projeto que me ajudaria então, sem que todos soubessem. O projeto consistia em ler jornais, escrever poemas e textos, e e um diário consigo para anotar sobre os dias de nossas vidas, e eu adquiri o meu enfeitei e comecei a escrever no dia 1 de fevereiro de 2010... nunca me esqueço de como tudo começou! Mas uma semana antes, tive desejo de saber como era gostar de alguém do mesmo sexo... e perguntei a um 'amigo' próximo se ele ficaria comigo, para sabe como era, porém, ele era hétero, e meio que ele acho esquisito eu perguntar aquilo, e me perguntou se eu era gay, e eu respondi que eu estava me descobrindo, e que não sabia se era ao certo, e logo ele não quis, mas disse que ia pensar. No dia seguinte, os amigos dele já estavam sabendo de mim, e tudo que eu tinha conversado com ele... Eram 5 rapazes sabendo de tudo aquilo, até que veio 2 deles e perguntou se eu sabia fazer sexo, mas como eu era apenas um iniciante na vida, não entendi o contexto da pergunta devido ao vocabulário torpe que me confundiu quando eles estavam me perguntando. Mais tarde um pouco, durante as aulas na escola, chegaram em mim, e propuseram uma oferta: que eu transassem com 2 deles, enquanto os outros 3 olhassem a cena, eu sinceramente, com medo e com receio de que desse tudo errado, não aceitei! Eu tinha apenas 12 anos, e minha vida sexual ainda ia se iniciar... mas eu esperei e revi o meu conceito de ser o que eu quero, e ser um gay "rodado" nas mãos de héteros que tinham 16, 17 e 18 anos, não seria algo legal, e eu ainda não era assumido e ninguém da minha família sabia. Aí, entra o diário totalmente na história... 2 semanas depois daquela situação ocorrida, resolvi colocar no diário... já tinha algumas coisas do meu cotidiano lá, e minha mãe já tinha até lido... escrevi tudo, desabafei aquilo que eu vivenciei e escondi o diário na parte interna e um bolso falso em minha mochila escolar, e um dia meu irmão mexeu em minha mochila e roubou o diário sem que eu soubesse, e minha linda vida começava a desmoronar aos poucos... meu irmão já tinha entregado meu diário a minha mãe, e começava o sofrimento... no dia 19 de Fevereiro de 2010, eu já não seria mais o mesmo, e eu começaria a odiar o Domingo com todas as minhas forças! Durante a manhã daquele dia, meu irmão falou a seguinte frase: "Olha o que gosta de pinto de homem!", daí lembrei das coisas que eu tinha escrito no diário... minha mãe me chamou e eu fui até a sala ver o que ela queria. Ela pediu que eu ficasse sentado n sofá e calado, assim eu fiz... ela começou a dizer que eu estava errado, e que aquilo era algo inventado e que tinha alguém por trás, e começou as ofensas, que iam desde ódio a vontade de me matar... falou coisas que eu nem gosto de repetir, mas que me marcou mais que tudo nesta vida. Depois daquele dia, me deu uma vontade imensa de morrer... procurei achar algum tipo de veneno para que eu morresse envenenado e rapidamente, mas não tinha... e, pelo fato de eu estar sofrendo ainda mais agressões da minha família, decidi me isolar e parar de falar com eles. Foram dias difíceis... até meu tio e minha tia saberem, e como eles são evangélicos, derramaram sermões em cima de mim. Sinceramente, eu não aguentava mais... queria ser morto naquele momento. Mas pensei melhor! 

Resolvi tratá-los da mesma forma que me tratavam, e não mais seriam como minha família. Funcionou, e como minha personalidade é forte, muitos não gostam de bater de frente comigo. Posso dizer que ainda odeio minha família pois ainda não esqueci o que fizerem comigo, e hoje estou aqui... forte e levando a vida adiante, mas com marcas que irão ficar em minha mente para sempre!!

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