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Confissões de um adolescente: Contos - Um cantinho especial.


"Que história é essa sobre o instante em que você se apaixona? Como uma medida tão pequena de tempo pode conter algo tão grande? (...) Em seu coração, em seus ossos, por mais bobo que saiba é, você sente que tudo levou a isso, que todas as flechas secretas estavam apontando para este lugar, que o universo e o próprio tempo construíram isso a muito tempo atrás, e agora você acaba de perceber que chegou ao local onde sempre deveria ter estado." Todo Dia - David Levithan.


A cada dia que passava, eu ficava mais apaixonado por aquele garoto. Seus olhos castanhos escuros
me encaravam nos meus sonhos, e o desejo por ter seus lábios contra os meus era tão intenso que quase podia senti-los ao cair da noite. De repente, meu mundo só tinha um objetivo: fazer aquele sorriso lindo e verdadeiro se tornar constante no meu dia. Parece até ridículo, mas o simples "Bom dia meu amor" era a única coisa que eu precisava para fazer meu dia especial.
Não conseguindo controlar a vontade de vê-lo novamente, aproveitei a desculpa de que quinta teria curso a tarde para busca-lo no serviço. Ele me chamou para um passeio ao lugar do nosso Primeiro Encontro: o Parque do Ibirapuera.
Aquele Parque já não era mais o mesmo. Para todo o canto que eu olhava, lembrava do dia perfeito que tive ao seu lado. E a história estava se repetindo, só que dessa vez melhor.
Ele me levou até uma arvore com folhas longas que nos cobria na beirada do lago. Com o cair da noite, o parque estava um tanto quanto deserto, contribuindo no nosso cenário romântico que se criava: a lua aparecendo no céu ainda claro; os patos que dançavam na água morna do lago; e nós dois sentados embaixo da árvores abraçados e aproveitando o carinho um do outro.
Me apoiei no tronco da árvore enquanto ele se deitava em meu peito e sussurrei em seu ouvido:
- Te quero para sempre. - era apenas nosso segundo encontro. Eu sei que parecia cedo demais, mas eu sabia o que era aquela sensação vazia que eu sentia cada vez que ele demorava para responder minhas mensagens, ou aquela felicidade repentina que eu sentia cada vez que ele me mandava uma foto do seu sorriso. Por mais que não estivéssemos juntos, eu sentia-o comigo a todos os instantes: quando acordava, era o primeiro rosto que vinha a minha mente; minhas primeira palavras do dia eram direcionadas a ele; a força que me motivava a cada manhã a começar o dia bem era de que eu possuía ele, e precisava da-lo tudo de bom e do melhor para contribuir a felicidade que ele havia me proporcionado. Ele precisava saber o que eu sentia.
- Tem certeza? - ele me perguntou, virando para encarar meus olhos.
- Absoluta. - eu disse, lhe roubando um beijo.
- Também te quero para sempre. - ele me disse.
- Tem certeza? - foi minha vez de questionar.
- Agora tenho. - ele me disse. - No começo, eu não sabia ao certo. Você era apenas mais uma das pessoas que me chamaram no WhatsApp. Mas seu jeito me ganhou.
Ele foi sincero. Ele não precisava ser, mas foi. E isso só fez aumentar minha admiração por aquele que havia conquistado meu coração.

Quando uns policiais ficaram nos rodeando achando que estávamos usando drogas, fomos para um lugar mais escuro por dentro das árvores. Era um campo enorme com perfeita visão das estrelas. Por um instante, ficamos abraçados nos beijando. Seus lábios doces deslizavam pelos meus e sua língua brincava pela minha boca. Senti sua mão apertando meu mamilo, descendo pela barriga e chegando à minha calça. Não foi preciso fazer muito para abri-la, já que o que estava lá dentro havia acordado e se mexia inquietamente querendo sair de dentro da cueca. Se árvores falassem, provavelmente gemeriam junto comigo assistindo nossa paixão que fervia naquele momento.
Querendo retribuir o carinho que havia recebido, fiz o mesmo com ele, só que com mais intensidade. Senti sua mão empurrando minha cabeça enquanto sugava tudo até o fundo da minha garganta. De repente, ele me empurrou e deitou-se virado para o lado. Sua feição de prazer máximo ao gozar só me deixou com mais prazer. Queria tê-lo para mim. Queria subir nele naquele instante mesmo; beija sua boca, sua orelha, sua nuca, seu pescoço, mas ele me conteve.
- Esse não é o momento. Nem o lugar. - ele me disse.
Quando o fogo abaixou, nos levantamos para ir embora. Ele pegou minha mão e foi brincando pelo canto da calçada. Puxei ele para a luz debaixo do poste e lhe dei um beijo calmo, macio e suave. Quando me afastei, lhe disse:
- Eu te amo.
Ele sorriu com a revelação e me respondeu enquanto me abraçava com mais intensidade:
- Eu também te amo.

Confissões de um adolescente é a coluna do Love & POP, escrita por Lucky. Futuro jornalista, possuí uma página de contos gays no Facebook Cidade que não dorme . Fale com ele pelo Facebook e pelo Twitter sobre assuntos que gostariam de ler no blog. 

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